Páginas

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Marcos 8.34 E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após Mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-Me. Jesus nos tem chamado para: 1) Uma vida de envolvimento de comprometimento, vida cristão é uma vida de relacionamento íntimo com Deus por meio de Jesus. Não existe vida cristã alienada de um verdadeiro compromisso com Jesus. Na vida cristã moderna o Senhor Jesus entra apenas como coadjuvante em um cenário conturbado, distorcido, ilusório, e falsamente chamado de cristianismo Bíblico. O verdadeiro cristianismo é vivenciado em renúncia, separação, abandono e entrega total e incondicional a Deus. Assim Jesus nos tem chamado para: 1) Deixar pai e mãe, para denotar a prioridade que temos de dar a Ele em nossas vidas. Mt 10.37 Quem ama o pai ou a mãe mais do que a Mim não é digno de Mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a Mim não é digno de Mim, Ainda se lê em Lc 14.26 Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. Vemos que é inaceitável da parte de Jesus que tenhamos ou estimemos qualquer outra coisa, ou alguém acima Dele em nossas vidas. Jesus quer envolvimento e comprometimento. Você tem este envolvimento e este comprometimento com Jesus? 2) Temos de abraçar o Evangelho e trabalhar por Cristo e para Cristo tendo em vista sempre a Sua glória, e nunca pensarmos e nem ficarmos olhando no que deixamos para trás, Cristo e Sua obra deve ser nosso objetivo maior. Lc 9.62 E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado (abraça a obra do reino de Jesus) e olha para trás (e fica pensando se valeu a pena, se não era melhor como estava fica a olhar para vida de pecados que tinha com olhos saudosos. Ele diz não), é apto para o reino de Deus. Ec 7.10 Nunca digas: Por que foram os dias passados melhores do que estes? Porque não provém da sabedoria esta pergunta. Você tem abraçado o Evangelho e se comprometido com Cristo, tendo em vista sempre a Sua glória? 3) A vida que temos desfrutado com Deus é tão maravilhosa, tão sublime, tão profundamente satisfatória, que devemos sempre estar a olhar para Jesus. Para que nunca tenhamos nossa atenção desviada, seja lá por qual motivo for. Devemos esquecer tudo que ficou para traz, as glórias mundanas enganosas e passageiras, os valores que moviam nossos desejos, os títulos que tínhamos e fazer como fez Paulo: Fl 3.13,14: Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me de mim (uma vida de desafios pelo servir a Jesus) Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Como diz o escritor de Hebreus, Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que Lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus. (Hb 12.2) 4) Para um verdadeiro comprometimento com Jesus, o mundo deve estar morto para nós; não só devemos deixar o mundo com suas mazelas, mas também o mundo tem de sair de dentro de nós. Devemos estar mortos para o mundo para o pecado, mas vivos para Deus, Rm 6.11: Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado (para o mundo), mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor. Você tem ouvido o chamado de Jesus como diz em Mc 8.34? E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após Mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-Me. Deus tem chamado a você? Para reconhecê-lo como SENHOR E SALVADOR? Para uma vida de comprometimento e serviço? Para uma vida de envolvimento e consagração? Deus tem chamado a você? Para viver um verdadeiro cristianismo? Se Deus tem chamado a você, se você tem ouvido e entendido o chamado particular de Deus, veja o que diz em Hb 4.7: Determina outra vez um certo dia, Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos corações. -- Marcelo de Oliveira Lima

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Não Zombe do Inferno

Não Zombe do Inferno


         Vivemos numa sociedade humanista onde não existe essa coisa de certo absoluto nem errado absoluto, por isso os "espertalhões" subestimam o conceito de um inferno literal como um lugar de julgamento eterno.
         Mas vejamos o que Deus diz a respeito disso.
        - O inferno é um lugar literal. Jesus disse que "havia certo homem rico... havia também certo mendigo, chamado Lázaro" (Luc 16.19,20). Note bem que Jesus disse "havia". Isso não é uma parábola, pois Jesus deu nome aos bois. A estória relata a experiência real de dois mendigos: um mendigava nesta vida; e o outro, na próxima.
         - O ensino de Jesus a respeito do inferno confirma a diferença extrema da eternidade para o justo e para o ímpio. Isso não é uma condenação da riqueza; é uma condenação de qualquer pessoa que rejeita Jesus.
         - O inferno é um lugar de tormento eterno. O ímpio vai para o inferno quando morre e fica num estado consciente de tormento eterno.
         - O inferno é um lugar sem misericórdia. O rico gritou no inferno, dizendo:
 
"tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua; porque estou atormentado nesta chama" (Luc 16.24).

         - O inferno é um lugar sem escape. Jesus disse:
 
"E além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós" (Luc 16.26).

        Amigo, quando você chegar ao inferno, as orações de um milhão de santos não poderão salvá-lo.
         - No inferno as pessoas terão consciência dos que estão na terra. O rico gritava:
 
"porque tenho cinco irmãos; para que Lázaro dê testemunho, a fim de não virem também para este lugar de tormento" (Luc 16.28).

          - Satanás, os anjos caídos, os demônios e todos os ímpios serão colocados no inferno eterno pela mão de Deus como julgamento, por rejeitarem a Jesus como o Filho de Deus.
         - Não confundir o inferno com o lago de fogo. Nesta vida os ímpios morrem e vão para o inferno onde ficam aguardando até que sejam trazidos ao Grande Trono Branco para o julgamento final perante Deus e sentenciados ao lago de fogo.
          - O inferno é um lugar onde há grande dor física. O primeiro clamor urgente termina com as palavras: "...porque estou atormentado nesta chama..." Não podemos imaginar exatamente o que isto quer dizer. Todos nós temos sentido a dor em alguma medida. Sabemos que a dor pode fazer esquecer num instante todas as belezas e alvos que temos na vida. Mas a pior dor que possamos sentir não é nada comparada à dor no inferno. A mais intensa dor que sintamos aqui na terra não é comparável à dor no inferno. Nunca o ser humano experimentou tal sofrimento, nem o imaginou. Mas Deus vai além e comenta sobre pessoas reais e como eles sentirão essa dor. Jesus não está sendo macabro; está nos dizendo a verdade. Uma reação das pessoas a tal dor é o "choro". Não podemos olhar e ficar indiferentes ao choro, é algo que nos comove. Outra reação de quem está sofrendo no inferno é "gemer". Este é um choro mais comovedor ainda, cheio de dramatismo e urgência pela libertação. Enquanto o choro atrai a nossa simpatia, o gemido choca e nos afasta, atemoriza e ofende. O gemido deles é o grito de almas que merecem compaixão, mas não a recebem. É o grito de almas procurando escape, buscando sair de feridas sem conserto ou cura, eternamente feridas. O gemido é um som tão grotesco que nem o suportamos.
         Outra reação de quem está sofrendo no inferno é o "ranger de dentes". Por quê? Talvez ranjam os dentes por ira ou frustração. Nada poderá aliviar a sua situação e eles o sabem. Este ranger pode ser uma defesa ou para variar o choro e os gemidos. Poderia ser uma pausa - sem parar de sofrer - para quem está cansado de chorar. Parece que não aguenta chorar mais; porém, tem que continuar.
          No inferno é choro que não pára, fogo por tudo quanto é canto, gemidos, dor até onde podem aguentar sem deixar de existir, e ranger de dentes. Há, ainda, "o verme que nunca morre". O fogo nunca se acaba (não consome), só atormenta e nunca morre. Já os vermes dão a idéia de carne em decomposição, se bem que aqui fala-se de almas. Algo está podre, e bem podre, no inferno.
         Estando vivos ainda, os que ali moram sentem como que comidos vivos. O verme não acaba de comer a decomposição espiritual e por isso nunca morre. Um castigo romano era atar alguém a um cadáver em decomposição e ver como os vermes, saindo do corpo morto, passavam a consumir o corpo ainda em vida. Tal como para o fogo, a verdade do verme é que nunca acaba de consumir o que tem pela frente.
         Mas o inferno tem outros dois aspectos, pouco considerados, que chamam a nossa curiosidade e assustam. Na terra nós temos duas propriedades físicas garantidas. Elas nos ajudam a nos manter física, mental e emocionalmente estáveis. São a luz e as superfícies sólidas. Infelizmente, estas duas comodidades não existem no inferno. O inferno é um lugar de trevas.
         Imaginemos uma pessoa que acaba de entrar no inferno... Pode ser um vizinho nosso, um parente ou um amigo que trabalha conosco. Depois que a primeira sensação de dor física o ataca, ela passa seus primeiros momentos chorando, gemendo e rangendo os dentes. Pouco a pouco vai se acostumando à dor. Não que agora não a sinta mais, mas a sua capacidade tem sido alargada para aguentar mais. A dor não é tolerável, mas também não lhe tira a existência. Ainda que sinta dor, pode pensar; e logo olha ao seu redor. Mas, quanto mais olha... mais vê trevas e escuridão. Em sua vida passada aprendeu que depois de olhar por um tempo na escuridão seus olhos iam se acostumando e podia ver algo de luz. Isso lhe mostrava o que estava ao seu redor. Ele então pisca e fixa bem a atenção dos seus olhos tentando ver algo, mas acha somente trevas. São trevas que parecem grudar nele, como lhe apertando, lhe oprimindo. Vendo que as trevas não vão embora, ele tenta tocar algo, sentir algo sólido a sua volta... Procura paredes, rochas, árvores, cadeiras; estica suas pernas tentado estar quieto sobre algo sólido. Nada! Procura sentir o chão, e nada...
         O inferno é um "abismo", sem fundo. O novo morador, porém, não aprende rápido. Pouco a pouco vai crescendo o pânico, chuta com as pernas e move os braços procurando algo. Mas não acha nada. Depois de muitas tentativas, pára, cansado, suspenso na escuridão. Mas não está quieto. Está sempre caindo no abismo sem fundo. Ali vai, sozinho, numa queda sem fim, inseguro pela ausência de superfícies. Incapaz de tocar um objeto sólido que transmita estabilidade. Chora... geme... range os dentes de ira. Olha para si e se acha tão cansado que não move mais uma parte de si... Seus gemidos fazem eco na escuridão, e logo se volvem débeis por tantos rugidos que há no inferno.
          Enquanto o tempo parece nunca passar, de novo faz o que fez o homem rico. Ele tenta pensar. Lembra da terra, tenta achar esperança, mas a dor nem deixa que ele se concentre. Na terra, quando as coisas iam mal ele sempre achava uma saída. Se sentia dor, tomava um calmante, Tendo fome, comia. Se tinha sede, bebia. Se perdia um amor, sempre podia achar outro amor. Procura, então, achar na mente uma base para elaborar um plano que faça renascer a esperança no seu coração. Logo, pensa: "Jesus é um Deus de amor, Ele vai me tirar daqui". Começa então a gritar, com urgência: "Jesus, Jesus! Ajuda-me, me tira daqui!" Espera, respirando fundo. O som de sua voz perdeu-se nas trevas e não se ouve mais. De novo, ele tenta: "Jesus, Jesus! eu creio! me salva disto!" De novo, as trevas calam a sua voz.
         Este pecador não é o único: todos os que estão no inferno acreditam agora, mas não serão salvos. Sendo milhões e milhões de pessoas, sentem-se cada um sozinho, como sendo o único habitante do inferno... Lembra-se então dos apelos, dos conselhos, tenta esquecer a dor, mas o pensamento lhe diz: Isto é para sempre!!!
         Jesus usou a palavra "sempre" para falar tanto do Céu como do Inferno. "Para sempre", pensa o condenado, e sente de novo a dor. "Para sempre", fala como não acreditando. A idéia de "para sempre" se alarga, fica profunda. Uma horrível verdade aparece na sua cabeça: "quando eu tiver passado dez mil séculos de tempo aqui, ainda não terei nem um segundo a menos de castigo, nem um segundo a menos para passar aqui". Horrorizado, aprende que no inferno não existe o fator tempo e que suas lembranças estão sempre lhe dando pesadelos.
         Tal como o rico pedia um pingo de água, assim também o novo morador do inferno tenta se entreter com esta simples ambição. Estando vivo, aprendeu que até as piores coisas podem ser suportadas se há algum alívio temporal. Mas vê que no inferno...
 
"a fumaça de seu tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não tem descanso algum, nem de dia nem de noite" (Apoc 14:11).

         Sem descanso dia e noite, pense nisso.
         A idéia de que alguém possa passar toda a eternidade sofrendo de tal forma nos impressiona fortemente... Parece que viola a sensibilidade do mais severo juiz que possa existir em nosso interior. Simplesmente não podemos suportar o fato de só dedicar mais tempo a pensar nisto.
         É, amigo, mas nossos pensamentos sobre o inferno nunca serão tão cruéis como a realidade dele mesmo. Devemos entender esta verdade bíblica e ter certeza de que ela nos afeta. Talvez, olhando de perto para ela, mudemos nossa forma de ver o pecado e levemos mais a sério nossa vida cristã.

Autor: Adail Campelo
 

domingo, 5 de setembro de 2010

O Amor de Deus

O Amor de Deus

Henrique Drummond diz que o amor é a coisa maior do mundo. E do nosso ponto de vista o amor é a coisa maior em Deus. Sem amor Sua justiça nos condenaria; Sua santidade nos afastaria de Sua presença e Seu poder nos destruiria. O amor é a única esperança dos pecadores e nossa maior preocupação deve ser a descoberta do amor de Deus para conosco.
Quanto à Sua natureza moral, diz-se que Deus é duas coisas: luz e amor. "Deus é luz". 1 João 1:5. Nas Escrituras as trevas simbolizam o pecado e a ignorância, e a "luz" é símbolo de santidade e de entendimento. "Deus é amor". 1 João 4:8. Luz e amor são perfeições que se equilibram na Sua natureza. Sendo que Deus é luz, Seu amor não é fraqueza de boa índole nem indulgência de boa natureza. Porque Deus é luz, Seu amor é um amor santo, e não um simples sentimento. O amor de Deus nunca entra em conflito com Sua santidade. Desde que Ele é luz, nunca o pecado de Seu povo é desculpado, "Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho". Hebreus 12:6.
O amor de Deus pode ser definido como um princípio eterno de Sua natureza pelo qual Ele é movido a conferir bênçãos eternas e espirituais. O amor é a causa que move todos os Seus atos de misericórdia e graça. O amor de Deus é a prova de que todas as coisas operam para o bem final do Seu povo; ele é a base de toda a Sua atividade de redenção.
CARATERÍSTICAS DO AMOR DE DEUS
1. Seu amor é eterno. "Porquanto com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí". Jeremias 31:3. Aqui o segredo da atração do pecador a Deus é explicado. Ele atrai porque Ele ama. "Bem-aventurado aquele a quem escolhes, e fazes chegar a ti". Salmo 65:4. O amor que nos comprou, também nos procurou, e trouxe-nos a um lugar de segurança, até mesmo ao Propiciatório... Jesus Cristo. Nunca houve tempo quando Deus não amasse Seu povo, e nunca haverá tal dia. Ele nos amou tanto antes de sermos salvos quanto após sermos salvos, "em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores". Romanos 5:8.
2. Deus é imutável. Deus não muda nem pode haver mudança em Seu amor. "Como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim". João 13:1. O amor de Deus por Seu povo não teve princípio e, bendito seja Seu nome, ele jamais terá fim. É como o próprio Deus, de eternidade a eternidade. O argumento principal de Paulo pela segurança do salvo é que nada pode nos separar do amor de Deus... nada na sepultura do passado, nada nos perigos do presente nem nada no ventre do futuro. O amor de Deus não é sujeito a mudança.
O amor de Deus não varia, nem conhece final; donde corre, sempre corria, do trono manancial.
3. O amor de Deus é soberano. Isto é auto-evidente. Deus é soberano, consultando Seu próprio prazer majestoso, e operando todas as coisas conforme o conselho de Sua vontade. Portanto, segue-se que Seu amor é soberano. Ele, por Si mesmo, escolhe os objetos de Seu amor. Se ama a Jacó e odeia a Esaú, quem O critica? Se ama o pecador caído e odeia o anjo caído, quem interrogará o Seu direito de agir de tal maneira? Se é verdade que Ele "compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer". Romanos 9:18. "Quem és tu, que a Deus replicas"? Romanos 9:20.
Nada há no pecador que faça Deus amá-lo; ninguém pode reivindicar o direito do amor divino; Seu amor é soberano e de graça. O que existia no pecador que atraísse o coração de Deus? Absolutamente nada! A verdade é que tudo merecia Sua ira; tudo pelo que talvez me odiasse. O único motivo de Sua atração por nós foi Seu querer, Seu desejo.
4. O amor de Deus é eficaz. Isto é óbvio, pois é o amor do Todo-Poderoso. Grande é o significado de ser amado por Deus. Muitas vezes somos amados pelos que não podem nos ajudar. Eles não têm a capacidade de fazerem por nós o que desejariam fazer. Tal amor é insuficiente pela falta de poder para torná-lo eficaz. Dario amava a Daniel, mas não tinha o poder para salva-lo. Mas nós somos amados pelo Todo-Poderoso, a quem nada é difícil. Os objetos do amor de Deus são eternamente seguros. Aquele que se assegura do amor de Deus, assegura-se também duma morada celestial.
A pergunta fundamental é esta: Como posso saber se Deus me ama? Como posso estar certo de que tudo opera para o meu bem? A resposta: Certifique-se de que ama a Deus. Meu amor por Deus evidencia o Seu amor por mim. "Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro". 1 João 4:19. Seu amor em nós criou nosso amor por Ele. "O amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus". João 4:7.
MANIFESTAÇÕES DO AMOR DE DEUS
Deus é amor e Ele manifesta o que Ele é. Não existem atributos divinos vãos em Deus. Não há tal coisa como amor secreto. O amor se mostra exteriormente, quer seja de Deus, quer seja do homem. O amor é um princípio ativo e vivo da vida.
1. O amor de Deus pelo pecador manifestou-se na dádiva de Seu Filho. O amor doa. O amor dá de que tem de melhor. Deus amou de tal maneira que deu Seu Filho unigênito. Cristo amou à igreja de tal maneira que deu-Se a Si mesmo por ela. Efésios 5:25 . O Bom Pastor dá a Sua vida pelas Suas ovelhas. João 10:11. Como um judeu típico, Nicodemos pensava que Deus amava somente aos judeus, mas nosso Senhor lhe disse que Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê (judeu ou gentio) não pereça, mas tenha a vida eterna. Até serem ensinados de outra maneira, os próprios apóstolos de Cristo pensavam que o rebanho estava entre os judeus, mas o Senhor os corrigiu dizendo: "E dou minha vida pelas ovelhas. Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor". João 10:15-16. As ovelhas para os judeus estavam num rebanho, uma circunscrição cerimonial que os distinguia dos gentios. As ovelhas para os gentios não tinham sido sujeitas às leis cerimoniais. Ao salvar as ovelhas entre os judeus, Cristo as tirou do rebanho (judaísmo), e as fez um com as ovelhas entre os gentios que ouviram Sua voz, havendo assim somente um rebanho e um Pastor. Todo o povo de Deus é um em Cristo, pois, "não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus". Gálatas 3:28. Isto não ensina que não existe esferas diferentes no serviço de Deus, mas antes que todos são salvos por uma salvação comum.
2. O amor de Deus é manifesto no novo nascimento. Por natureza somos filhos da ira; mas por um nascimento sobrenatural nos tornamos filhos de Deus. "Não são os filhos da carne que são filhos de Deus". Romanos 9:8. João diz: "Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus". 1 João 3:1. Não somos apenas chamado filhos, mas somos feito filhos de Deus pelo novo nascimento. Somos filhos dum chamado divino: o chamado eficaz que vem com o novo nascimento.
3. O amor de Deus é manifesto na disciplina. A disciplina é uma expressão e prova de amor. "Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho". Hebreus 12:6. Aqui está a prova de que nenhum filho de Deus é perfeito. Todos precisam de açoite. A palavra corrigir significa; treinar um filho, criá-lo, e a palavra açoitar significa surrar. Os filhos necessitam de treino e açoites, e o amor de Deus nos dará o que necessitamos. A correção vem da mão amorosa dum Pai sábio: a condenação vem dos lábios retos dum Juiz santo e justo. Quando os santos são confrontados por causa do pecado, eles são corrigidos por um Senhor para não serem depois condenados com o mundo. 1 Coríntios 11:32. A correção não é prazerosa, mas é proveitosa; ela multiplica os frutos de retidão e nos faz participar da Sua santidade. Hebreus 12:10-11.
VÁRIOS ASPECTOS DO AMOR DE DEUS
Alguns teólogos falam de vários tipos de amor divino, mas preferimos pensar de um princípio divino com várias emoções, de acordo com o objeto que há de receber Seu amor. Apreciamos o que Dr. Kerfoot tem a dizer sobre este assunto:
"Se o objeto do amor é amável, então a emoção de amor é complacência. Se o objeto precisa de bondade ou beneficência, a emoção é benevolência. Se o objeto encontra-se em estado de angústia, a emoção é de compaixão ou piedade, etc. Do mesmo modo que o princípio fundamental do fogo é o mesmo seja qual for a matéria consumida, assim o amor divino sempre se baseia no mesmo princípio".
1. Quando o amor de Deus atua sobre Si mesmo ou sobre criaturas inocentes, este é um amor de complacência. É este o aspecto de Seu amor para com Seu Filho em quem Se compraz, e em quem sempre se deleita. Seu amor pelos anjos é do mesmo tipo, um amor de complacência e deleite.
2. Quando o amor de Deus é para com o pecador, como objeto que precisa de misericórdia, então é manifesto em forma de piedade e compaixão. Os santos eram por natureza filhos da ira, mas Deus que é rico em misericórdia, por causa de Seu amor para conosco, nos vivificou juntamente com Cristo. Efésios 2:3-5. Em misericórdia Ele desperta o pecador morto para a vida, e esta maravilhosa misericórdia é resultante de Seu grande amor. O grande amor pelos pecadores resulta em misericórdia e graça abundante. Uma prostituta suja, embriagada que enchia o ar com gritos e palavras obscenas, era arrastada pela rua por dois policiais. De repente uma linda senhorita bem vestida saiu e a beijou. Num momento de lúcido espanto, a vil criatura perguntou estupefata: "Por que me beijou?" "Por amor", respondeu a jovem. Será tal exemplo de amor uma surpresa? Então lembre-se que a distância moral entre Deus e o pecador é muito além desta; mas Ele ainda curva-Se para dar o beijo da reconciliação.
Que grande amigo é meu Jesus. Tão santo, bom e terno! Sem outro igual, é o Seu poder e o seu amor supremo. Para esta ovelha sem vigor, olhou com simpatia; e sua tão bondosa mão, serviu-me então de guia.


Autor: C. D. Cole
Revisão 2004: David A Zuhars Jr
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br


LAPSO DE AMOR

LAPSO DE AMOR

"Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor", Apocalipse 2:4.
Esta passagem nos revela objetos terrenos que são de interesse para o céu. O céu não está interessado com os problemas financeiros, nem políticos, nem educacionais do mundo, mas sim com as igrejas de Cristo. O interesse celestial visa o que é espiritual e não os interesses materiais desta terra.
Temos o juízo celestial sobre a condição das igrejas de Cristo. Esta mensagem está revelando a condição da igreja de Cristo no século primeiro e nos mostra que devemos confiar no julgamento celestial. A justiça humana, sem dúvida, daria uma resposta diferente. Para sermos práticos e saber qual é o julgamento do céu sobre as igrejas hoje, devemos comparar as condições atuais com as do século primeiro e, se nossas faltas forem iguais às deles devemos ter cuidado; se nossas virtudes forem iguais podemos ser confortados com a aprovação de Cristo. Ao colocar esta mensagem em nossos corações, vamos considerar Cristo e igreja de Éfeso: a condição dela, a correção e os galardões que recebeu.
JESUS CRISTO
1. Como o autor desta mensagem.
Esta mensagem vem daquele que é a Testemunha Fiel e Verdadeira. É o testemunho de quem sabe a verdade sobre as igrejas.
2. Como o inspetor e juiz das igrejas.
Cristo mostra o que há de errado com as igrejas e o que é necessário fazer. O que merece elogio, Ele elogia e o que Ele vê que merece condenação, Ele não deixe de condenar. Em sua sabedoria infinita Cristo julga tanto os motivos quanto a conduta exterior. Ele lê o coração e a mente, Ele sabe com qual espírito tudo é feito. "Todavia, a mim muito pouco se me dá de ser julgado por vós, ou por algum juízo humano; nem eu tão pouco a mim mesmo me julgo. Porque em nada me sinto culpado; mas nem por isso me considero justificado; pois quem me julga é o Senhor", 1 Coríntios 4:3-4.
3. Como presente com as igrejas.
Vemo-LO segurando os anjos em Sua mão direita e andando entre as igrejas. Cristo não é um espectador à distância, Ele não está contando o que ouviu, nem repetindo um rumor, nem espalhando boato sobre as igrejas. Cristo tem um conhecimento íntimo das igrejas, as quais descreve.
A IGREJA
Ele está escrevendo à uma igreja em particular. Não está descrevendo as condições de um reino, mas o estado desta igreja em particular. Cristo não descreve coisas em geral, pelo contrário, é muito específico.
1. A igreja em Éfeso.
Éfeso era uma das maiores cidades daquele tempo. Tinha uma das sete maravilhas do mundo, o Templo de Diana, templo este saturado com a religião pagã.
2. A Igreja.
Tinha uma grande história e sua condição presente mostrava um contraste impressionante como o passado.
(1). A condição passada.
Tinha sido uma igreja de pessoas fervorosas e pregadores fiéis, as quais tinham desfrutado do ministério do Apóstolo Paulo, do elegante Apolo, do fiel Timóteo, e do amado João.
(2). A condição presente.
Não era tão boa quanto a passada. Não era de todo má. Havia coisas dignas de elogios e uma para se condenar.
(a). Os elogios. Esta igreja recebe elogios por três coisas:
(aa). Suas obras. "Eu conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência". Não era uma igreja morta, no sentido da inatividade. Muitas o são hoje em dia, não fazem nada, nem mesmo perturbam Satanás. Estão mortas demais para serem perseguidas. Os Efésios eram esforçados e trabalhadores incansáveis. Faziam o que precisava ser feito sem enfraquecer. Não desistiam. Continuavam na frente. Faziam o trabalho por amor a Cristo. Não O haviam esquecido.
(bb). Sua disciplina. Era estrita. "Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos e o não são, e tu os achastes mentirosos", Apocalipse 2:2. "Eles não agüentavam viver de modo impuro", (Spurgeon). Opunham-se ao mal entre os membros proeminentes. Os que se diziam apóstolos foram postos à prova e não passavam de enganadores. Os Efésios odiavam as obras dos nicolaítas.
(cc). Sua perseguição. Foi uma igreja perseguida. "E sofreste, e tens paciência". Sofreram com paciência.
(b). A condenação. "Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor". A igreja ainda trabalhava, mas seu amor por Cristo tinha diminuído. Ainda era zelosa na disciplina, mas o amor por Cristo tinha esfriado. Ainda era impopular para o mundo, mas o amor por Cristo já não era o mesmo. Isto mostra o que uma igreja pode ser e ter, e ao mesmo tempo não por amor a Ele. Não é um serviço que dá felicidade.
A CORREÇÃO
1. Lembre-se.
"Lembra-te pois donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o castiçal se não te arrependeres", Apocalipse 2:5.
Este lapso de amor é chamado queda. A memória tem um papel importante nos negócios do coração. Deixe sua mente voltar aos dias logo após a sua conversão. Recorde a alegria que sentiu ao encontrar o Senhor, ou ser encontrado por Ele. Lembre-se do prazer que tinha em ler a Bíblia, em orar e em assistir aos cultos.
Você não sabia muito, mas amava muito. Pode haver conhecimento sem amor. Para alguns, quanto mais eles sabem, menos amor tem.
2. Arrependa-se.
As igrejas precisam se arrepender tanto quanto os perdidos. Os salvos precisam se arrepender. Não é uma questão de salvação. Os salvos precisam mudar a mente e por mais amor em suas ações. Eles estão trabalhando e servindo a Cristo sem amor. Vamos ter cuidado para que não haja lapso de amor em nosso amor por Cristo.
Li certa vez sobre uma senhora que não era mais amada pelo marido. "O cabelo dela está branco e o rosto pálido; os olhos perderam o brilho de tanto chorar. Tem tudo o que um marido pode oferecer menos o amor dele. Esse já acabou e o lar dos dois é um inferno. Os olhos dela brilham ao dizer ao marido: "De que me servem sua seda, diamantes e mansões? Com todo prazer voltaria a morar na casinha em que me conheceu e vestiria a chita que costumava usar, se pelo menos pudesse ter de volta o amor que me deu, o qual transformou a terra num céu para minha alma.
Tudo sem amor é em vão!

Autor: C. D. Cole
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br

Aprendendo com Deus

Aprendendo com Deus

Isaías 1.18

“Vinde então e argüi-me, diz o SENHOR: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã.” (Isaías 1.18). Em português o verbo argüir significa: Repreender, censurar, criminar, verberar, condenar com argumentos ou razoes 2. Revelar, inculcar, demonstrar 3. Examinar, questionando ou interrogando 4. Impugnar, combater com argumentos” . “Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que do Pai ouviu e aprendeu vem a mim.” (João 6.45).
No versículo de Isaías 1.18, em Hebraico, o verbo “argüir” significa “instruir, revelar, corrigir, provar, convencer.” Jesus disse quando o Espírito Santo vier “convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.” (João 16.8). A palavra “convencer” significa “refutar ou reprovar”, Deus manifesta equilíbrio e consistência tanto no Velho Testamento quanto no Novo Testamento na maneira como Ele traz os pecadores à salvação pela graça vivificadora. Ninguém será nem pode ser reconciliado com Deus até que tenha sido convencido e aprendido que está morto “em ofensas e pecados” e que o único meio de ser lavado é pela fé no sangue do Cordeiro de Deus. Se não estiver instruído e convencido por Deus da sua condição de ser totalmente perdido e espiritualmente condenando, nenhum pecador nunca crerá que a sua única esperança é pela fé no sangue do Senhor Jesus Cristo.
A religião não revela nada por Deus; ela trata somente com as doutrinas e de homens e de demônios. Por isso a religião nunca trouxe nenhuma alma à salvação. As multidões correm às doutrinas que suavizam as suas consciências, mas Deus não procura suavizar as consciências dos homens. Quando vier argüir-se com Deus, é Ele quem instrui e toda a boca está fechada por ser persuadida da sua pecaminosidade pela onisciência de Deus. Deus não deixa dúvidas ao fato que o pecador é condenado e incapaz de salvar-se a si mesmo. A religião leva o pecador a acreditar que pode salvar-se a si mesmo, ou, pelo menos, ter credito na sua própria salvação. Isto é evidência que a religião não dialoga com Deus.
Deus convence que a salvação à vida eterna é somente pela graça e comprada pelo sangue do Senhor Jesus Cristo. Buscar a salvação de Deus por outros caminhos é rejeitar a ser instruído por Deus. Isto é tolice. Se desejar esta salvação divina, é necessário vir e aprender do Pai. Dessa maneira virá corretamente a Jesus. Dr. M. J. Seymour, Sr., EUA

Autor: Dr. M. J. Seymour, Sr.
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br


sexta-feira, 3 de setembro de 2010

“(Andamos por fé, e não por vista)” – 2 Co. 5: 7.

* 1mVersículo 1aVerdade *
“(Andamos por fé, e não por vista)” – 2 Co. 5: 7.
Será que é assim mesmo? Será que os dizeres do verso acima ocorrem de fato em nossas vidas? Quem anda por fé não teme o futuro. Quem anda por fé não teme receber más notícias. Quem anda por fé confia no Senhor.
Pela fé não necessitamos conhecer, tampouco temer o futuro. Por vista, o futuro é um “quarto escuro” (parte de uma música da banda Barão Vermelho). Pela fé, Jesus se antecipa ao futuro e enche de luz o “quarto escuro”. Além de Ele conhecer nosso futuro, Deus chega nele primeiro do que nós (pois Ele está fora do tempo).
Deus é amor (1 Jo. 4: 8 – 2.ª Parte). Nossas ajudas nessa vida são a fé, a esperança e o próprio amor (1 Co. 13: 13). Fé é crer que Deus existe e que Ele nos auxilia. Esperança é saber que Ele cuida de todos nós e tem propósitos bem delineados. Amor (dos sentimentos o mais nobre) é a paz e a confiança de que o Senhor nos abraça, nos envolve e está presente (sempre conosco – Emanuel).
A Bíblia nos diz que o correto é andarmos pela fé. A Palavra de Deus nos garante que podemos confiar no Pai. As Escrituras nos revelam o Deus Vivo, que tudo pode. Pois então, como temos andado (ou passaremos a andar): por fé ou por vista?
© Amor-de Deus

Santificação em relação à fornicação

Santificação em relação à fornicação

Versículos Bíblicos
1 Ts 4:(1-7)  - Porque esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição, 4 que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santidade e honra, 5 não na paixão da concupiscência, como os gentios que não conhecem a Deus; 6 ninguém iluda ou defraude nisso a seu irm&atild e;o, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também antes vo-lo dissemos e testificamos. 7 Porque Deus não nos chamou para a imundícia, mas para a santificação.
Texto explicativo
No versículo 3 Paulo diz que a vontade de Deus é a nossa santificação. Essa santificação é contra a fornicação. Para termos um andar que agrade a Deus, precisamos ser santificados.
Nada prejudica tanto um crente como a fornicação. De acordo com a palavra de Paulo em 1 Corintios 6, a fornicação arruína o corpo de uma pessoa. Outros pecados podem não prejudicar-nos subjetivamente, mas a fornicação prejudica nosso corpo, contamina todo o nosso ser e torna-nos inteiramente não-santos. Além disso, a fornicação é usada pelo inimigo de Deus para arruinar o homem que Deus criou para o cumprimento do seu propósito. Portanto, a fornicação (sexo fora do casamento) deve ser totalmente abandonada. Essa é razão de Paulo dizer em 1 Ts 4:3: “que vos abstenhais da fornicação”. A palavra “abster -se” é forte, e ela indica que devemos fugir da fornicação. A vontade de Deus é ter-nos totalmente separados para Ele mesmo, totalmente santificados para o cumprimento de Seu propósito. Isso requer que nos abstenhamos da fornicação. Irmãos e irmãs, abster-se não significa apenas “evitar quando puder”. Abster carrega o sentido de não praticar de modo algum (fora do casamento).  Esta palavra é Deus e não apenas do homem Paulo.
No versículo 4 e 5, Paulo continua expressando a palavra de Deus: “Que cada um de vós saiba como possuir o seu próprio vaso, em santificação e honra, não na paixão de concupiscência como os gentios não conhecem a Deus”. Possuir o próprio vaso é mantê-lo, preserva-lo. Há duas escolas de interpretação aqui: uma aplica o vaso ao corpo do homem, como em 2 Corintios f4:7; a outra, à sua própria esposa, como em 1Pedro 3:7. O  contexto nesse versículo e no seguinte, com expressões “cada um de vós”, “em santificação e honra” e, especialmente “não na sua paixão de concupiscência& rdquo;, não justificam a interpretação da segunda escola, mas sim a da primeira. Ou seja, diz respeito ao nosso corpo (incluindo a alma e o espírito). Quem mancha o corpo na questão de prostituição mancha a sua alma e danifica o seu próprio espírito humano (o ser humano é constituído  de três partes: corpo, alma e espírito).
Manter ou preservar o vaso do homem em santificação e honra, não em paixão de concupiscência, é a proteção contra a fornicação. Ou seja, se você não quiser cair em prostituição deve-se proteger de toda aparência do mal. Se os seus sentidos ficarem expostos a situações que alimentam a concupiscência da carne, certamente você sempre se verá às voltas com este mesmo problema. É preciso tratar com os nossos hábitos e costumes. Portanto, santificação refere-se mais a uma condição santa diante de Deus; honra diz respeito a uma posição respeitável diante do homem. Sempre que alguém se envolve em fornicação, e le é contaminado e sua santificação é anulada; além disso ele perde honra diante do homem. Uma pessoa assim será vista até pelos homens como algo secundário, desprezível. Aqueles que procuram pessoas que sempre recaem em tais pecados já a procuram com objetivos nunca santos ou respeitáveis... Precisamos considerar bem essa questão. Nós fomos criados para servirmos aos santos propósitos de Deus e não para servir de alimento às indulgências carnais daqueles que não conhecem a Deus. Essa palavra é especialmente para aqueles que já são crentes.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A bênção de Deus

A bênção de Deus



Com bênçãos Deus coroou os atos da criação. Primeiro ele abençoou o homem e o seu trabalho. Depois abençoou o sétimo dia. Homem, trabalho e dia foram abençoados. O homem o foi para poder empreender tudo o que o Criador lhe determinou que fizesse. O sétimo dia foi abençoado e santificado (separado) para ser ocasião de descanso. Abençoando-os, Deus relacionou-se intimamente com o homem, com o trabalho e com o necessário descanso, realidades que ele próprio idealizou.


O Deus previdente abençoou o descanso, pois pensava no homem desobediente que, separado dele, não saberia associar o trabalho com o descanso, nem daria atenção aos limites que devem reger tanto um como o outro. A fonte do descanso não está, simplesmente, em um dia. Ela se encontra no Senhor que fez o tempo e quer ver o homem, coroa da criação, operante e, ao mesmo tempo, descansado. Deus não o criou para a esgotante fadiga.

Não dando atenção ao necessário descanso em Deus, o homem torna-se cansado, oprimido, ansioso e desanimado. Jesus percebeu isso vendo as situações estafantes em que as pessoas viviam. Então, falou-lhes: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mateus 11.28). E, para que seus discípulos não continuassem afadigados com o trabalho de cada dia – “porque eles não tinham tempo nem para comer, visto serem numerosos os que íam e vinham”, convidou-os: “Vinde repousar um pouco, à parte, num lugar deserto” (Marcos 6.31).

O conselho apostólico é: “Não andeis ansiosos de cousa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Filipenses 4.6,7). O Apóstolo mostra que não é preciso chegar à ansiedade. Há uma alternativa para ela - a oração. O resultado maior de estarmos na presença de Deus em oração, além da resposta que teremos ao que lhe pedimos, é que seremos inundados com a “paz de Deus”. Paz da qual Jesus disse: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14.27). Alegremo-nos, porque a paz que provém de Deus, a qual Jesus nos dá, é uma das expressões do fruto de Espírito – daquele que reside em nosso coração.

Jesus faz uma pergunta: “Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?” (Mateus 6.25). Depois, pediu que observassem as aves do céu e considerassem os lírios do campo, e vissem que neles não há nenhuma ansiedade, opressão, estafa ou distúrbios emocionais, pois descansam no Deus que os alimenta e os veste. E nós, por que nos inquietamos? Por que imitamos os gentios em suas situações de angústia, temores e preocupações, se somos filhos d’“aquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o poder que opera em nós” (Efésios 3.20)?

Descansar em Deus - o Senhor que abençoou o homem, o trabalho e o repouso - é a riqueza à nossa disposição para que dela usufruamos ao nos sentir sobrecarregados, ansiosos, frustrados e até mesmo depressivos. Confiemos na palavra que Deus falou através do profeta: “E será que, antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei” (Isaías 65.24). Que nossa fé repouse no Abençoador que abençoou o homem, o trabalho e o descanso e quer ver-nos operosos e descansados nele. Amém.

.A mais terrível batalha mundial

A mais terrível batalha mundial

Referência: Efésios 6.10-24
INTRODUÇÃO
• Houve uma rebelião no céu. Lúcifer e seus anjos foram expulsos do céu. Esses seres espirituais malignos não dormem, não descansam nem tiram férias. No Édem o diabo levou os nossos primeiros pais a caírem. A partir daí, o homem morreu espiritualmente. O homem natural está sob o domínio de Satanás: na potestade de Satanás (Atos 26:18), na casa de Satanás (Lucas 11:20-22), no reino das trevas (Colossenses 1:13), fazendo a vontade de Satanás (Efésios 2:1-3).
• Esse terrível inimigo luta constantemente para derrubar aqueles que nasceram de Deus e são filhos de Deus. Aqueles que ainda não nasceram de novo são chamados filhos do maligno. Há uma luta mundial, supra racial, supra-terrenal, espiritual e sem trégua.
• Não existe pessoa neutra nessa guerra. Não existe tempo de trégua nessa guerra. Não existe acordo de paz. Existem só duas categorias aqueles que estão alistados no exército de Deus e aqueles que pertencem ao exército de Satanás.
I. O INIMIGO CONTRA QUEM LUTAMOS NESSA BATALHA – V. 11-13
1. É um inimigo invisível – v. 11-12
• Esse inimigo está nos espreitando vinte quatro horas por dia. Ele é como leão que ruge ao nosso derredor. Ele vive a rodear a terra e passear por ela. Ele escuta cada palavra que você fala e vê cada atitude que você toma e acompanha cada ato que você pratica escondido.
• Ele é um inimigo espiritual. Você não guerrear contra ele com armas carnais. Ele não pode ser destruído com bombas atômicas. Ele age de forma inesperada.
2. É um inimigo maligno – v. 11-12
• A Bíblia o chama do diabo, Satanás, assassino, ladrão, mentiroso, destruidor, tentador, maligno, serpente, dragão. Seu intento é roubar, matar e destruir. Ele sabe que já está sentenciado à perdição eterna e quer levar consigo homens e mulheres.

3. É um inimigo astuto – v. 11

• Ele age dissimuladamente como uma serpente – Ele se disfarça. Ele se transfigura em anjo de luz. Seus minitros parecem ser ministros de justiça. Ele usa uma voz mansa. Ele usa muitas máscaras. Ele tenta enganar as pessoas levando-as a duvidar da Palavra de Deus e exaltando o homem ao apogeu da glória.
• Ele age assustadoramente como um leão – Ele ruge para assustar. O dia mau é o dia de duras provas, nos momentos mais críticos a vida, quando o diabo e seus subordinados sinistros nos assaltam com grande veemência. Ele ameaça e intimida as pessoas de as destruir (Centros espíritas). Ele ataca com fúria no dia mau (Ziclague) – Exemplo: A mulher que perdeu toda a sua família.
• Ele age com diversidade de métodos – Ele estuda cada pessoa para saber o lado certo para atacá-la. Sansão, Davi, Pedro foram derrubados porque o diabo mudou seus métodos.
4. É um inimigo persistente – v. 13
• O diabo e suas hostes não ensarilham suas armas. Eles ao serem derrotados, voltam com novas estratégias. Foi assim com Jesus no deserto, onde foi tentado (Lucas 4:13). Elias fugiu depois de uma grande vitória. Sansão foi subjugado pelos filisteus depois de vencê-los. Davi venceu exércitos, mas caiu na teia da luxúria. Pedro caiu na armadilha da auto-confiança.
5. É um inimigo numeroso – v. 12
• O diabo e seus anjos estão tentando, roubando e matando pessoas em todo o mundo. Eles são numerosos. Não podemos vencer esses terríveis exércitos do mal sozinhos nem com as nossas próprias armas.
6. É um inimigo oportunista – v. 11,14
• Mesmo depois que o vencemos, precisamos continuar firmes (v.11,14), porque ele sempre procura um novo jeito de atacar.
• Quando o crente deixa de usar TODA a armadura de Deus, e ele encontra uma brecha, ele entra e faz um estrago (Efésios 4:26-27). Não podemos ter vitória nessa guerra se não usarmos todas as peças da armadura. Não podemos permitir que o inimigo nos encontre indefesos.
• O pregador Maclaren diz que o diabo e suas hostes buscam uma estratégia para nos atacar de súbito, sem nenhum aviso, sem nenhum sinal de tempestade.

II. O EQUIPAMENTO QUE PRECISAMOS PARA ESSA BATALHA – V. 14-17

1. O cinturão da Verdade – v. 14
• Satanás é o pai da mentira (João 8:44), mas o crente cuja vida é controlada pela verdade pode vencê-lo. A máscara da mentira um dia cai. O cinturão é que segurava as outras parte da armadura juntas. A verdade é a força integrante na vida de um crente vitorioso. Um homem de integridade, com uma consciência limpa, pode enfrentar o inimigo sem medo – Lutero enfrenta a Dieta de Worms.
• O cinturão é que segurava a espada. A não ser que você pratique a verdade, você não pode usar a Palavra de Verdade. Davi viveu um ano mentindo sobre o seu caso com Bate-Seba e tudo começou a ir de mal a pior na sua vida.
2. A couraça da Justiça – v. 14
• Esta peça da armadura feita de metal cobria o guerreiro do pescoço ao peito. Protegia o coração e os órgãos vitais. Este é um símbolo da justiça que o crente tem em Cristo (2 Co 5:21), assim como o caráter justo que o crente exerce na sua vida diária (Ef 4:24). A couraça representa a vida devota e santa, ou seja, retidão moral. Sem a justiça de Cristo e a santidade pessoal não tem defesa contra as acusações de Satanás (Zc 3:1-3).
• Satanás é o acusador, mas sua acusação não prospera por causa da justiça de Cristo imputada a nós (Rm 8:31-35). Mas, nossa justiça posicional em Cristo, sem uma justiça prática na vida diária, apenas dá a Satanás oportunidade para nos atacar.
3. O calçado do Evangelho – v. 15
• Os soldados romanos usavam uma sandália com cravos na sola para lhes darem segurança e agilidade na caminhada e corrida por lugares escarpados. Se nós queremos ficar firmes e de pé na luta, precisamos estar calçados com o Evangelho (que nos dá paz com Deus e com o próximo).
• Nós precisamos ter pés velozes para anunciar o evangelho da paz aos perdidos (Is 52:7). O diabo declara guerra para destruir os homens, mas nós somos embaixadores do evangelho da paz (2 Co 5:18-21).
4. O escudo da Fé – v. 16
• Esse escudo media 1,6 metros por 0,70 metros. Ele protegia todo o corpo do soldado. Era feito de madeira e coberto por um couro curtido. Quando os soldados lutavam emparelhados, formavam como que uma parede contra o adversário. Uma das armas mais terríveis eram os dardos inflamados porque não apenas feriam, mas também incendiavam.
• O diabo lança dardos inflamados em nossos corações e mentes: mentiras, pensamentos blasfemos, pensamentos de vingança, dúvidas e ardentes desejos de pecar. Se nós não apagarmos esses dardos pela fé, eles irão acendar um fogo dentro de nós e nós iremos desobedecer a Deus.
• Na aljava do diabo há toda espécie de dardos ardentes. Alguns dardos inflamam a dúvida, outros a lascívia, a cobiça, a vaidade, a inveja. Exemplo: O filme O advogado do diabo.
5. O capacete da Salvação – v. 17
• Satanás deseja atacar a mente, a estratégia pela qual ele derrotou Eva. Essa peça da armadura fala de uma mente controlada por Deus. Infelizmente, muitos crentes dão pouco valor à mente, à razão, ao conhecimento. Quando Deus controla a nossa mente, Satanás não pode levar o crente a fracassar. O crente que estuda a Bíblia e está firmado na Palavra de Deus não cede às novidades facilmente.
6. A espada do Espírito – v. 17
• A espada do Espírito é arma de ataque. Esta espada é a Palavra de Deus. Vencemos os ataques do diabo e triunfamos sobre ele através da Palavra. É pela Palavra que saqueamos o reino das trevas, a casa do valente. É pela Palavra que os cativos são libertos. A Palavra é poderosa, é viva, é eficaz.
• Moisés quis libertar os israelitas com a espada carnal e fracassou, mas quando usou a espada do Espírito o povo foi liberto.
• Pedro quis defender a Cristo com a espada e fracassou, mas quando brandiu a Espada do Espírito, multidões se renderam a Cristo.
• Cristo venceu Satanás no deserto usando a espada do Espírito.
• As viagens de Paulo, pregando o evangelho, plantando igrejas e arrancando vidas da potestade de Satanás para Deus é uma descrição eloquente de como ele usou a espada do Espírito.
• Precisamos conhecer a Palavra. “Este livro o afastará do pecado ou o pecado o afastará deste livro”. Há crentes mais comprometidos com a coluna esportiva do que com a Palavra de Deus.
• CRISTO É TODA A ARMADURA DE DEUS PARA NÓS.
III. A ENERGIA COM A QUAL DEVEMOS LUTAR ESSA GUERRA – V. 18-20
• A oração é a energia que capacita o soldado crente e usar a armadura e brandir a espada do Espírito. A palavra de Deus dirigida aos homens é deveras poderosa, especialmente quando ela se acha em íntima relação com a palavra dos homens dirigidas a Deus. Nós não podemos lutar nessa guerra com as nossas próprias forças, no nosso próprio poder. Moisés orou e Josué brandiu a espada contra Amaleque. Oração e Ação caminham juntos (Ex 17:8-16).
• A oração é o poder para a vitória.
1. O tempo da oração – v. 18
• Isso significa que nós devemos estar em constante comunhão com Deus. É errado dizer: “Senhor, nós vimos agora à tua presença”, porque o crente jamais tem licença para sair da presença do Senhor. O crente deve orar sempre, porque ele está sempre exposto ao ataque do inimigo.

2. A natureza da oração – v. 18

• “Com toda oração” é mais do que um tipo de oração. Devemso usar súplica, intercessão e ação de graças. O crente que ora apenas pedindo coisas está perdendo o real significado da oração que é manter-se em intimidade com Deus, deleitando-se nele.
3. A esfera da oração – v. 18
• “No Espírito” signica que essa oração precisa ser motiva e assistida pelo Espírito (Rm 8:26-27). Não é oração no monte, ou em línguas, mas no Espírito. O Espírito nos assiste em nossa fraqueza porque não sabemos orar como convém. O Espírito é como o fogo que faz o incenso da oração subir como aroma suave diante de Deus. É possível, porém, orar ferventemente, mas na carne.
4. A vigilância da oração – v. 18
• Devemos orar com os olhos abertos. Devemos orar e vigiar. Devemos fazer como Neemias: “Porém nós oramos ao nosso Deus e, como proteção, pusemos guarda contra eles, de dia e de noite” (Ne 4:9).
• Orar e vigiar é o segredo da vitória sobre o mundo (Mc 13:33), a carne (Mc 14:38) e o diabo (Ef 6:18). Porque Pedro dormiu e não orou nem vigiou, ele foi derrotado no Getsêmani (Mc 14:29-31, 67-72).
5. A perverança da oração – v. 18
• A igreja primitiva orou com perseverança (Atos 1:14; 2:42; 6:4) e nós também devemos orar da mesma forma (Rm 12:12). Robert Law disse: “A oração não é para fazer a vontade do homem no céu, mas fazer a vontade de Deus na terra”.
6. O alcance da oração – v. 18-20
• Somos um exército, precisamos uns pelos outros e orar por todos os santos. Quando um soldado cai, tornamo-nos mais vulneráveis. Precisamos uns dos outros. Precisamos orar uns pelos outros.
• Nenhum soldado entrando em combate ora só por si, mas também por seus companheiros. Eles constituem um exército, e o sucesso de um é o sucesso de todos.
• Paulo pede oração por si mesmo, não para se livrar da prisão, mas para tornar-se mais eficaz na proclamação do evangelho (Ef 6:19-20).
IV. O ENCORAJAMENTO PARA LUTAR ESSA GUERRA – V. 21-24
1. Não estamos sozinhos na batalha – v. 21-22
• Nós não estamos lutando essa guerra sozinhos. Há outros soldados, outros crentes que estão lutando conosco e nós devemos nos esforçar para encorajar uns aos outros. Paulo encorajou os efésios. Tíquico foi um encorajamento para Paulo. Agora Paulo está enviando Tíquico para encorajar os efésios. Paulo compartilhava seus problemas e desafios. Ele queria que o povo soubesse o que Deus estava fazendo e como suas orações estavam sendo respondidas e o que Satanás estava fazendo para opor-se à obra de Deus.
• É um grande encorajamento fazer parte da família de Deus. Não existe em qualquer parte do Novo Testamento sustentação para a idéia de um crente isolado. O crentes são como ovelhas, eles precisam estar no meio do rebanho. Cristãos são como soldados, precisam estar juntos e lutar juntos as guerras do Senhor.
2. Mesmo em guerra, nós somos o povo mais abençoado do mundo – v. 23-24
• Observe as palavras que Paulo usa na conclusão desta carta: paz, amor, fé e graça. Paulo era um prisioneiro em Roma, mas mesmo assim, ele era mais rico do que o imperador. Não importa em que circunstâncias possamos estar, se estamos em Cristo, nós somos abençoados com toda sorte de bênçãos espirituais.

A batalha pela fé evangélica

A batalha pela fé evangélica

Referência: Judas 1.25
INTRODUÇÃO
1.Judas, irmão de Jesus, escreveu esta carta para exortar (esta palavra era usada para descrever um general dando ordens a um exército) a igreja a batalhar pela fé evangélica (v. 3). Era um tempo perigoso, onde muitos falsos mestres estavam sorrateiramente entrando dentro das igrejas e ensinando heresias.
2.Judas que antes não cria em Jesus (Mc 6:3), depois da sua ressurreição, estava entre os 120 que receberam o derramamento do Espírito Santo no Pentecoste (At 1:14).
I. UM CHAMADO À BATALHA ESPIRITUAL – V. 1-7
1. O exército de Deus – v. 1-2
O que os crentes são – Judas usa três expressões para descrever os crentes: 1) Os chamados – Foi Deus quem nos escolheu primeiro. Ele nos predestinou e nos chamou. 2) Os amados – Deus nos amou com amor eterno. Ele nos amou primeiro. 3) Os guardados – Enquanto Deus preserva os anjos caídos (Jud 6) e os falsos mestres (v. 13) para condenação, preserva os crentes para a glória (v. 1).
O que os crentes têm – Novamente Judas usa três expressões para descrever as bênçãos que os crentes possuem e que podem ser multiplicadas: 1) Misericórdia – Deus em sua misericórdia não nos dá o que merecemos, visto que lançou sobre o seu Filho o castigo que merecemos. 2) Paz – Uma pessoa não convertida está em guerra contra Deus, mas por causa da obra de Cristo na cruz, fomos reconciliados com Deus e temos paz com Deus. 3) Amor – A cruz é a demonstração do amor de Deus. Os apóstatas podem pecar, cair e sofrer condenação, mas os verdadeiros crentes são guardados em segurança em Cristo por toda a eternidade.
2. O inimigo – v. 3-4
Judas escreve para alertar a igreja sobre a batalha da fé, visto que a igreja estava sendo minada por falsos mestres (v. 3). Judas agora identifica o inimigo, os apóstatas, nessa batalha e traça suas características:
a) Eles são dissimulados – v. 4a – Os falsos mestres entram na igreja porque os crentes dormem (Mt 13:25,38). Eles vêem de fora e surgem de dentro da igreja (At 20:29-30).
b)Eles são ímpios – v. 4b – Eles dizem pertencer a Deus, mas eles são ímpios na sua forma de pensar e agir (2 Tm 3:5).
c)Eles são inimigos da graça de Deus – v. 4c – Eles entram na igreja para mudar a doutrina. Eles querem encontrar base doutrinária para justificar sua conduta libertina. Prometem liberdade, quando eles mesmos são escravos (2 Pe 2:13-14).
d)Eles negam a supremacia de Jesus Cristo – v. 4d – Eles podiam até afirmar que Jesus era um grande mestre, mas não o verdadeiro e soberano Deus e Senhor.
e)Eles são destinados para a condenação – v. 4b – O texto não está dizendo que eles foram destinados para serem apóstatas, como se Deus fosse responsável por seus pecados. Por se tornarem apóstatas Deus os destinou à condenação.
Como a igreja vai enfrentar os falsos mestres? Batalhando pela fé, ou seja, pela verdadeira doutrina. A palavra “batalhar” (v. 3) é agonizar. O púlpito deve tanto proclamar a verdade como denunciar o erro.
3. A vitória – v. 5-7
Judas dá três exemplos do juízo de Deus sobre aqueles que resistiram a sua autoridade e se apartaram da verdade. Judas está dizendo que Deus julga os apóstatas e os falsos mestres.
a)Israel – v. 5 – Os pecados de Israel foram registrados para nos alertar (1 Co 10:11). Aqueles que se apartaram da verdade pereceram no deserto.
b)Os anjos caídos – v. 6 – Deus exerceu o seu juízo sobre os anjos caídos e os condenou ao inferno (2 Pe 2:4).
c)Sodoma e Gomorra – v. 7 – Os sodomitas entregaram-se à prostituição e ao homossexualismo e Deus os condenou ao fogo eterno.
O pecado de Israel foi incredulidade. O pecado dos anjos foi rebelião contra a autoridade de Deus e o pecado de Sodoma foi indecência moral. Do mesmo jeito que Deus julgou os anjos, os estrangeiros e Israel, ele julgará os falsos mestres. Ninguém poderá rebelar-se contra a autoridade de Deus e prevalecer.
II. DESMASCARANDO O INIMIGO, OS APÓSTATAS – V. 8-16
Tudo que Judas escreveu sobre os apóstatas nesse parágrafo pode ser sintetizado em três sentenças:
1. Eles rejeitam a autoridade divina – v. 8-11
Toda a autoridade vem de Deus. Aqueles que exercem autoridade, devem estar debaixo de autoridade. O apóstatas se colocavam acima das Escrituras e dos apóstolos (v. 8). Exemplo: Hoje alguns líderes se auto promovem e se chamam apóstolos.
A causa da rebelião é que eles são sonhadores alucinados (v. 8). Eles vivem num mundo irreal e ilusório. Eles crêem na mentira de Satanás (Gn 3:5). Eles se tornam como animais que vivem guiados pelo instinto (v. 10 e 2 Pe 2:12,22). Eles se entregam à luxúria (v. 8) e desandam a boca para demonstrar sua rebelião contra Deus (v. 8c,10; Sl 73:9,11).
A consequência da rebelião é que eles se corrompem ou se destroem (v. 10c). O caminho da rebelião é o caminho da ruína.
A condenação dos rebeldes é visto no v. 11. Caim rebelou contra a autoridade de Deus na questão da salvação, Balaão na questão da separação e Coré na questão do serviço.
a)O caminho de Caim – Caim rebelou-se contra o caminho de Deus para a salvação (1 Jo 3:11-12). Caim rejeitou o caminho da salvação pela graça. Caim queria agradar a Deus sem fé. O caminho de Caim é o caminho do orgulho, da justiça própria.
b)O erro de Balaão – O erro de Balaão foi a ganância de comercializar o dom de Deus e o ministério com o fim de ganhar dinheiro (2 Pe 2:15-16). Os falsos mestres trabalham na igreja para ganhar dinheiro (1 Ts 2:5-6; 1 Tm 6:3-21). Balaão induziu o povo de Deus a pecar.
c)A revolta de Coré – Coré se rebelou contra a autoridade de Moisés e consequentemente contra a autoridade de Deus concedida a Moisés. Deus o julgou.
2. Eles recorreram a uma deliberada hipocrisia – v. 12-13,16
Judas apresenta seis figuras fortes para descrever a hipocrisia dos falsos mestres:
1)Rochas submersas nas festas de fraternidade – Eles se infiltram no meio da igreja para provocar acidentes e naufrágios espirituais.
2)Pastores que se apascentam a si mesmos – Eles usam e abusam do povo em vez de cuidar do povo (2 Co 11:20; Ez 34:2).
3)Nuvens sem água – Nuvens que prometem chuva, mas desapontam em trazer a água. Os apóstatas parecem trazer ajuda espiritual para as pessoas, mas fracassam. Eles prometem liberdade, mas são escravos (2 Pe 2:19). Eles não têm a doutrina (Dt 32:2; Is 55:10) por isso são nuvens sem água.
4)Árvores mortas – São árvores sem fruto e sem raiz. Que contraste com os justos (Sl 1:3). O fruto é a marca do discípulo (Jo 15:8).
5)Ondas bravias do mar – A onda revolta do mar traz sujeira e perigo (Is 57:20).
6)Estrelas errantes – Estrelas errantes só podem conduzir as pessoas ao abismo em que elas mesmas são lançadas.
7)Murmuradores e aduladores – v. 16
3.Eles receberam sua devida penalidade – v. 14-15
No meio de uma sociedade que se corrompia, Enoque andou com Deus (Gn 5:18-24; Hb 11:5). Sua geração escarneceu dele, como os falsos mestres escarneceram da doutrina da segunda vinda de Cristo (2 Pe 3:1-9).
O juízo será pessoal – Enoque diz que não um acontecimento como o dilúvio, mas o próprio Senhor veio pessoalmente exercer juízo (v. 14-15).
O juízo será universal – O juízo final apanhará a todos os ímpios (v. 15). Ninguém escapará do justo e reto juízo de Deus. Somente aqueles que são selados estarão seguros (Rm 8:31-39).
O juízo será justo – Deus fará convictos todos os ímpios (v. 15) acerca de todas as obras ímpias que impiamente praticaram e todas as suas palavras insolentes (v.15).
III. MANTENDO-SE FIRME NA GUERRA, SEM VACILAR – V. 17-25
1. Relembre a Palavra de Deus – v. 17-19
a)Relembre quem deu a Palavra – v. 17 – As Escrituras vieram-nos através dos apóstolos. Os falsos apóstolos queriam se colocar acima dos apóstolos de Jesus Cristo. Chamavam-se a si mesmo de apóstolos e diziam ter novas revelações de Deus.
b)Relembre o que eles disseram – v. 18 – Os apóstolos já haviam alertado sobre o perigo dos falsos mestres e dos falsos ensinos (1 Tm 4:1; 1 Jo 4:1; 2 Pe 2; 3:3).
c)Relembre porque eles disseram – v. 19 – Os falsos mestres desejam dividir a igreja e levar os crentes para fora da verdadeira comunhão dos santos (At 20:30). Eles não só dividem a igreja, mas a enganam, porque eles não têm o Espírito Santo (v. 19b).
2. Edifique a sua vida cristã – v. 20-21
a)O fundamento para a vida cristã – A nossa fé santíssima ( A Palavra).
b)O poder para a edificar a vida cristã – A oração no Espírito. Assim, a Palavra de Deus e a oração devem andar juntas para a edificação da igreja (At 6:4).
3. Comprometa-se com a evangelização – v. 22-23
a)Compadeça dos que estão na dúvida – São as pessoas que estão confusas com os falsos ensinos, sendo seduzidas pelo engano. Ensine a Palavra para elas. Mostra-lhes as glórias do evangelho.
b)Salva os que estão no fogo – Assim como os anjos tiraram Ló de Sodoma, devemos tirar aqueles que estão nas garras dos falsos mestres. Há pessoas que são como tição tirado do fogo (Zc 3:2).
c)Cuidado para não se queimar ao tentar salvar os outros do fogo – “sede compassivos em temor, destando até a roupa contaminada pela carne”. Devemos amar o pecador, mas abominar o pecado.
4.Comprometa-se com Jesus Cristo – v. 24-25
a)Ele é poderoso para nos guardar de tropeço
b)Ele é poderoso para nos levar para a glória
c)Ele é digno de ser exaltado de eternidade a eternidade.